domingo, 25 de janeiro de 2009

Empossado, dono de uma economia em recessão, apático quanto ao genocídio na Faixa de Gaza e o constante sentimento anti-americano, é a tônica do próxi

Leonardo Vannucci

Na ultima semana tomou posse o presidente Barack Obama, muito se especula sobre como a maior maquina de guerra (e não mais a maior economia unânime, pois a China acende em uma marcha acelerada) do mundo irá gerenciar questões que até 20 anos, eram inconcebíveis e todos os cientistas políticos davam por certo a infindável manutenção da hegemonia estadunidense; todavia tabus estão ai para serem quebrados não é bem verdade?
Por trás do mito Barack Obama, evidencia-se um emaranhado de expectativas quanto sua ascensão vem, em meio a uma convulsão econômica para o modelo capitalista em franca expansão sem qualquer precedente. Mas como esta figura está dentro do ideário de cada cidadão (imigrante ou não, legal ou ilegal) que habita os Estados Unidos, o discurso deixou que ali está um homem auspicioso, astuto e obviamente interessado apenas em questões remetentes aos interesses locais e não a realidade abrolhada pelo braço armado no Oriente Médio denominado Israel ( povo que em pouco mais de meio século passou de oprimido de Auschiwitz-Bikernau a opressor em Gaza) e tantas outras mais que fazem parte do triste cotidiano dos séculos XX e XXI.
Em meio a toda essa conjuntura e como Obama está no ideário de cada um; pelo seu carisma e aceitação como um messias, assemelha-se a John Kennedy que emergiu em um momento crucial da política bipolar da segunda metade do século passado, a figura emblemática e a constante mídia nacional e mundial, remontando este aos moldes do quase ator Ronald Reagan e a aceitação dos negros e latinos à Martin Luther King. Enfim, o mais aguardado é sua orientação quanto às políticas mundiais, o gerenciamento dos conflitos no Iraque e Afeganistão, as crescentes tensões ocorridas pelos constantes abusos e por fim qual a sua posição quanto aos estados da América do Sul e sobretudo as nações que seguem na contramão da (desculpem o neologismo) neo-nova ordem mundial afrontando o atenuado porem, não menos arrogante Estados Unidos; a coleção de inimigos associada a falência de múltiplas empresas “estáveis” levam-nos a finalmente colocar em xeque The American Way of Life.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

A Torre de Babel. Seu legado na política municipal pode suscitar danos sem precedentes.

Leonardo Vannucci

Datada de uma época cuja misturam-se devoção, mitologia e um vasto ideário em comum aos seus contemporâneos, a Torre de Babel exemplifica de maneira didática a união de esforços entre os homens na busca congênita pelo firmamento de seus propósitos quanto a capacidade cognitiva, intelectual e veneração a Deus; o objetivo da edificação de tal marco era a aproximação dos homens e seu desejo perene de elevar-se aos mesmos padrões que a divindade suprema.
Todavia,diante de tal afronta, Deus provido de toda sua ira (em determinados momentos esse Deus que mais alvitre remonta-se a um déspota inescrupuloso que mantém o povo sob um jugo sem perspectivas) esparziu sobre os homens um castigo, cuja este era o não mais falarem singularmente o mesmo idioma, passando estes (homens) a viver em uma pluralidade idiomática, desapropriando em todos os aspectos qualquer perspectiva de encerramento da obra. Este trecho acima citado faz-nos de modo sucinto entender um pouco das cizânias e parábolas em decifrar as varias línguas proverbialmente alocadas na Câmara Municipal de Bebedouro; entoados em um mesmo discurso político eleitoreiro, os representantes populares endossaram a situação quanto ao indelével apoio ao executivo e em prol da combalida autarquia denominada SAAEB.
O que ali foi notado é o despreparo de alguns componentes, que devido ao seu adstrito conhecimento político ficaram aquém, via de fato, da fidedigna cátedra de exercerem seus prestigiosos e extremamente bem remunerados cargos. Em meio a isso podemos ainda ressaltar discursos pouco ilustrativos e até mesmo quixotescos (para não dizerem esdrúxulos); não que belas palavras, execução perfeita de uma eloqüência textual e deliberados em demagogia sejam assim cogentes credenciais à execução dos trabalhos solicitados, mas não faria mal algum uma pequena concordância dos pensamentos para que tão logo fosse possível entender os seus objetivos.
O que realmente esperar, ainda é precoce e imprudente dizer, mas sem qualquer tipo de hesitação, uma melhor articulação é primordial; a velocidade com a qual os projetos foram aprovados foi algo alarmante e se isto serve como termômetro, devemos, pois ficar de sobreaviso quanto a real acuidade dos mesmos e como estão sendo geridos. O objetivo destas linhas não é uma obstinação incondizente quanto aos termos estabelecidos para o não salvamento da autarquia, esse texto busca a legitimação dos interessados em factivelmente saber sem solapar qualquer termo se essas medidas são paliativas, ou categóricas, para que ao longo dos anos um aforismo não se faça existir em sua plenitude “Remendar perna quebrada com esparadrapo”; obviamente que como bebedourense convicto e enaltecedor dos predicados do município digo bradando a todos que nos empenhemos em levantar esta bandeira em real beneficio de nossa tão carente cidade que sofre com perjúrio de anos imersos em administrações falhas levando assim a essas desconfortantes conjunturas que somente imbuídos de força teremos capacidade para denotar, postular e sobrepujar.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

“Hesitação quanto um governo no arquétipo populista e personalista”

Por Leonardo Vannucci

Ao longo dos períodos históricos, sempre foi possível notar a presença quase que magnânima de figuras que representaram o caráter personalista propriamente dito do contexto ao qual foram insurretos, legando seus feitos em uma simbiótica de mito e realidade permutáveis no ideário daqueles que presenciaram sua existência bem como não tão diligente oposição acerca dos feitos e herança depositada no relicário da memória (ainda que breve) dos contemporâneos.
Tratemos, pois, nestas linhas questões que povoam nossos ideais, consomem nosso mais profundo cerne político e social e muitas vezes nos fazendo plausíveis a tornarmo-nos completos reféns de uma hesitação pecaminosa cuja mesma pode cobrar um exacerbado valor à essa prerrogativa; tratemos assim sem mais embaraços do mesmo. Como é de prudente sapiência, faz-se imperativo abordarmos a historia em macro e micro, tão logo (quem sabe os precedentes) que isso possa infligir àqueles que são capazes de discutir política, seja ela em uma despretensiosa mesa de botequim regado ao malte que muitas vezes acalora e torna líder homens simples, ou em espaços como em Roma destinados à tal, com todo o seu protocolo e demais exigências. Bebedouro ao longo de sua história política sempre foi palco de espetáculos políticos de questionável relevância, afinal por cerca de 30 anos os nomes à frente do nosso executivo sempre alternavam-se no mais primoroso estilo coronelista afinal esta é uma das inúmeras deixas de uma cultura pífia e que perdurou por séculos, é relevante que tal facto sedimenta-se nacionalmente com o período Vargas e mais recentemente com Lula, ambos destacam-se pela sua popularidade, o carisma e situações muito peculiares dos mais elevados aos mais simples nichos. Após anos de marasmo político finalmente Bebedouro é o local do sem sombra de duvida mais “interessante” processo eleitoral, onde o pleito fora vencido de maneira inusitada; um candidato vence porém outro assume (é questão de uma releitura da era Vargas, onde Luis Carlos Preste é eleito mas Vargas é quem assume) através da via institucional do voto direto (no melhor estilo Lula) onde alguém com pouca experiência em administração política(porém paramentado de assessores que ali devem estar como suporte, apenas relembrando alguns nomes José Dirceu, José Genoíno,Valério e por ai vai) assume levando finalmente ao poder as camadas populares que depositaram sua confiança,porem, há de ressaltado que nem sempre homens com mais gabarito intelectual possam ser formidáveis executores dos poderes políticos, contando muitas vezes com o ímpeto do despotismo.
Bebedouro, o que realmente esperar deste governo amórfico que está amparado em uma câmara que propõe a coalizão entre seus membros, sendo que uma questão simples como a oposição tal qual tem o propósito de ser uma sentinela vigiar e fiscalizar sequer existe formalmente, já que a palavra de ordem é “coalizão” ; podem aqueles que ao ler esta coluna tenham seu autor como um ressentido candidato não eleito, enganam-se aqui ficam registradas palavras de quem analisa de fora todo esse cerco, faça-mos assim, enquanto um estiver a vigiar mesmo que solitário ai há de estar a garantia de uma não aceitação sumária de uma “mesmice travestida sob uma bandeira tendo em seu centro o povo como objeto de manipulação e desdém”.