segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Nos meandros do projeto intitulado "CRISE"

Leonardo Vannucci

Este texto escrevo com uma profunda indignação e incredulidade para visualizar coerentemente os fatos em que fomos arremetidos dentro do olho de uma tormenta sem a menor perspectiva em uma retomada factual assim propriamente dita.
O que de fato esperar em uma já combalida cidade, pouco prestigiada, onde o passado vigora no cotidiano de seus moradores, o presente mostra-se pouco animador e o futuro obscuro, onde se sorve as próximas gerações corruptíveis e ainda mais suscetíveis a um diagrama de desenfreado caos social como já é de praxe em rincões que estão há muito intumescidos em um marasmo a mercê de oportunistas de ocasião que travestem-se em um manto de esperança solapando os veementes compromissados com entrega e abnegação visando o bem estar como uma prerrogativa, a questão é o que há de ser feito, como trazer um lampejo de esperança onde impera por justa posição esse quadro social onde o poema de Carlos Drumond de Andrade parece ser o maior ilustrativo desta questão.
No meio do caminho tinha uma pedra tinha uma pedra no meio do caminho tinha uma pedra no meio do caminho tinha uma pedra. Nunca me esquecerei desse acontecimento na vida de minhas retinas tão fatigadas. Nunca me esquecerei que no meio do caminho tinha uma pedra tinha uma pedra no meio do caminho no meio do caminho tinha uma pedra
Carlos Drummond de Andrade

Todavia não basta apenas a demagogia pelega em discursos sem objetivação e vai de fato à união entre teoria e pratica “práxis” onde verdadeiramente todos que categoricamente preocupam-se com os efeitos em todas as simetrias que tangem sob olhares incrédulos e ao mesmo tempo irresolutos sobre tal coloquem-se em jus àqueles que oprimidos foram sem qualquer opção de defesa, mais que ainda tardiamente haverão de superar, sabendo ainda que poucos estão definitivamente dispostos a empunhar e lutar não por auto promoção nem mesmo uma ou outra ideologia em particular, mas sim por aqueles que desafortunados foram sumariamente descartados como uma parte não mais útil em uma grande engrenagem que caprichosamente roda contra o fluxo natural do obvio que nem sempre goza do apreço ao qual definitivamente deve ser lhe atribuído. Para tanto outra máxima há de valer...

“Não há bem que não chegue e mau que seja eterno”

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