quarta-feira, 1 de abril de 2009

Um aniversário que o Brasil jamais conseguirá apagar a vela.

Por Leonardo Vannucci

Seria eu alguém muito pretensioso em querer explicar o que fora a ditadura militar no Brasil, obviamente que sim, afinal os episódios não se resumem em processos factuais e sim em todo um drama vivido por vinte longos anos onde sangue de jovens idealistas brasileiros derramaram entoando um coro que clamava pela liberdade que nos fora sumariamente arrancada e trancada nos porões obscuros e sinistros do DOI-CODE.
Muito pouco sabe-se a respeito desta época, já que muitas “peças” da militaria brasileira tal qual em um desfile continuam marchando ainda que em um tom menos exacerbado entre os altos escalões da nossa política; o que de fato sintetiza esta é a relevância que no ultimo 31 de Março o Brasil lamentou o 45º aniversário deste episodio que marca a mesquinharia dos lideres, a opressão maciça ante o povo que tal qual Geraldo Vandré cantava “Caminhando e cantando e seguindo a canção” rumava em direção a sua própria submissão, cunhada pela força das armas e os AI (Atos Institucionais).
Entre planos econômicos, milagre brasileiro e o tri-campeonato mundial de futebol, arruinava-se todo e qualquer tipo de livre-arbítrio que essas gerações tanto empenhavam-se, confrontando em uma batalha desleal contra as hordas fardadas que sem qualquer hesitar desfechavam golpes de cacetete e balas contar jovens munidos e alimentados por ideais; tortuosos foram os caminhos que esse período delineou para a sociedade brasileira, a educação fora resumida em aparatos de alienação dos estudantes, a mídia nunca trouxe tantas receitas de bolos e versos de Luis de Camões como nesta época, todavia tudo devia passar pelo crivo dos agentes responsáveis. Anos sofridos para um já combalido povo que, ao deitar-se em uma noite acordou entranhado na escuridão de 20 longos anos de um 1º de abril que jamais na recente historia brasileira fez tão jus ao dia dos tolos.

terça-feira, 17 de março de 2009

CURSINHO POPULAR

CURSINHO POPULAR
INTRODUÇÃO
O Instituto Práxis de Educação e Cultura – IPRA, tendo em vista a desigualdade de condições no acesso ao ensino Universitário, lança seu Cursinho Popular que atenderá até 35 (trinta e cinco estudantes) estudantes selecionados, dos quais no mínimo cinco e no máximo dez serão indicados pelo próprio IPRA, sendo as demais vagas preenchidas por estudantes indicados pelas entidades parceiras, proporcionando a estes jovens melhores condições para disputarem os concursos vestibulares.
OBJETIVOS
Objetivo Geral
Construir através de uma formação generalista e de conhecimentos específicos, com aulas e atividades complementares, condições para a inserção dos educandos no sistema de ensino universitário, principalmente em Universidades Públicas.
Objetivos Específicos
Através de capacitação adequada aos educandos, criar condições favoráveis para sua inserção em Instituições de Ensino Universitário diversos.
Integrar docentes qualificados para atividades coletivas e interdisciplinares.
Desenvolver atividades complementares ao conteúdo curricular programático, abertas a comunidade, desenvolvendo concepções éticas, democráticas e igualitárias nos participantes de tais atividades.
Conhecer plenamente a realidade local e regional, seus conflitos, contradições e a construção coletiva de alternativas.
Criar uma rede popular de educadores a partir dos educandos aprovados nos concursos vestibulares.
Contribuir para a efetiva transformação da realidade local e regional nos setores econômico, político e cultural.
JUSTIFICATIVA E METODOLOGIA
Tendo em vista a enorme desigualdade de condições de oportunidade para conseguirem ingresso nas Universidades Públicas e pela demanda existente de cursinhos populares no município de Franca, este projeto procurará minimizar essa situação, ofertando processo de formação generalista e específica para dar melhores condições de acesso à educação universitária pelos beneficiários do projeto.
A Metodologia privilegiada no desenvolvimento do Cursinho Popular aseia-se no estímulo ao processo de construção do conhecimento a partir dos conteúdos sistematizados selecionados e dos conteúdos prévios dos educandos, em conformidade com os preceitos desenvolvidos por Paulo Freire, Antônio Gramsci e Mikahil Bahktin.
METAS
O presente projeto de Cursinho Popular, será implantado pelo Instituto Práxis de Educação e Cultura – IPRA, que ficará responsável pela Coordenação Pedagógica, Coordenação Administrativa e pela Coordenação Financeira do projeto.
A seleção dos educandos ficará a cargo do IPRA e das instituições parceiras, correspondendo a cada entidade um número de vagas proporcional ao apoio efetivo ao projeto.
Ao final do período letivo anual de cada turma, espera-se:
- garantir acesso ao Ensino Superior, preferencialmente público, ao número maior possível de educandos participantes.
- formar quadro profissional orientado pelos princípios do IPRA.
BENEFICIÁRIOS
São beneficiários prioritários os estudantes egressos de escolas públicas ou que nelas estudaram ao menos um terço do ensino médio, militantes de movimentos sociais e estudantes com renda familiar per capita de até dois salários mínimos. Os educandos serão selecionados pelo IPRA e pelos parceiros do projeto.
FUNCIONAMENTO
A carga horária semanal será de 20 horas/aula, distribuídas entre as disciplinas básicas do programa: Geografia, História, Literatura, Biologia, Física, Matemática, Química, Gramática e Redação, além de 5 horas/atividades integrantes da grade curricular do curso. O horário de funcionamento do Cursinho Popular será de segunda-feira a sexta-feira, entre 19h e 22:30h.
O curso poderá ter acompanhamento de Orientação Profissional, a critério dos parceiros do projeto em comum acordo com o IPRA e com recursos específicos para essa finalidade, cabendo ao IPRA, indicar profissional adequado para sua realização.
COMPOSIÇÃO DA EQUIPE
Caberá ao IPRA a seleção dos educadores, bem como dos demais colaboradores do referido projeto. Todos serão voluntários, podendo eventualmente receber algum tipo de ajuda de custo.
Conselho Gestor – com caráter consultivo, será o responsável pelo acompanhamento geral do projeto, com reuniões ordinárias bimestrais. O Conselho será composto por dois membros do IPRA, um membro indicado por cada parceiro do projeto e um membro eleito pelos estudantes.
Coordenador Administrativo – responsável pela organização geral, implantação e supervisão das atividades, articulação entre parceiros, gerência de recursos e prestação de contas. Será exercida por educador indicado pelo IPRA.
Coordenador Educacional e de Secretaria – responsável pelo acompanhamento geral do calendário de atividades didático-pedagógicas, rotina diária das atividades, articulação da equipe de educadores, contatos com entidades, coordenação e supervisão das atividades, acompanhamento de educandos e apresentação de relatórios. Acompanhamento individual nos casos especiais, cuja finalidade será a de reverter o problema.
Responsável ainda pela organização geral e controle da rotina administrativa de suporte ao curso (atendimento de educandos e professores, informações gerais, acompanhamento de pautas e freqüências, controle de documentações e arquivos, material didático e equipamentos); responsável pela informatização dos arquivos, documentos e banco de dados geral do curso;
Corpo docente – voluntários selecionados pelo Instituto Práxis de Educação e Cultura – IPRA.
MATERIAL DIDÁTICO
O material didático deverá ser desenvolvido pelos docentes de cada disciplina, com supervisão e acompanhamento do IPRA, além de aprovação pelo Conselho Gestor.
A produção e publicação do material didático serão custeadas pelas entidades parceiras através de recursos específicos para essa finalidade.
Também poderá ser buscada parceria com outros cursinhos populares para aquisição de material didático semelhante. A aquisição de material didático não está incluída nos custos de manutenção por educando, e será realizada através de recursos extras.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

MANIFESTO EMPRESA FISCHER

MANIFESTO EMPRESA FISCHER

Fica convocado todos os Funcionários, Familiares e a População em Geral a se reunirem na portaria de Entrada e Saída de materiais da Fischer ao Lado do Compre Bem no dia 20/02/2009 as 09:00 horas, para um Manifesto Repudiando o ato feito pela Fischer.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Nos meandros do projeto intitulado "CRISE"

Leonardo Vannucci

Este texto escrevo com uma profunda indignação e incredulidade para visualizar coerentemente os fatos em que fomos arremetidos dentro do olho de uma tormenta sem a menor perspectiva em uma retomada factual assim propriamente dita.
O que de fato esperar em uma já combalida cidade, pouco prestigiada, onde o passado vigora no cotidiano de seus moradores, o presente mostra-se pouco animador e o futuro obscuro, onde se sorve as próximas gerações corruptíveis e ainda mais suscetíveis a um diagrama de desenfreado caos social como já é de praxe em rincões que estão há muito intumescidos em um marasmo a mercê de oportunistas de ocasião que travestem-se em um manto de esperança solapando os veementes compromissados com entrega e abnegação visando o bem estar como uma prerrogativa, a questão é o que há de ser feito, como trazer um lampejo de esperança onde impera por justa posição esse quadro social onde o poema de Carlos Drumond de Andrade parece ser o maior ilustrativo desta questão.
No meio do caminho tinha uma pedra tinha uma pedra no meio do caminho tinha uma pedra no meio do caminho tinha uma pedra. Nunca me esquecerei desse acontecimento na vida de minhas retinas tão fatigadas. Nunca me esquecerei que no meio do caminho tinha uma pedra tinha uma pedra no meio do caminho no meio do caminho tinha uma pedra
Carlos Drummond de Andrade

Todavia não basta apenas a demagogia pelega em discursos sem objetivação e vai de fato à união entre teoria e pratica “práxis” onde verdadeiramente todos que categoricamente preocupam-se com os efeitos em todas as simetrias que tangem sob olhares incrédulos e ao mesmo tempo irresolutos sobre tal coloquem-se em jus àqueles que oprimidos foram sem qualquer opção de defesa, mais que ainda tardiamente haverão de superar, sabendo ainda que poucos estão definitivamente dispostos a empunhar e lutar não por auto promoção nem mesmo uma ou outra ideologia em particular, mas sim por aqueles que desafortunados foram sumariamente descartados como uma parte não mais útil em uma grande engrenagem que caprichosamente roda contra o fluxo natural do obvio que nem sempre goza do apreço ao qual definitivamente deve ser lhe atribuído. Para tanto outra máxima há de valer...

“Não há bem que não chegue e mau que seja eterno”

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Citrosuco trata Bebedouro com descaso

Após anos de lucros acumulados, na primeira ameaça de redução nos ganhos, fecha unidade e demite os trabalhadores.

Lideranças locais precisam se empenhar para reverter fechamento e demissões!

Em tempos da tão falada “responsabilidade social” das empresas, no dia 07/02 a Citrosuco surpreendeu a todos, especialmente seus trabalhadores, anunciando o fechamento da unidade em Bebedouro e a demissão, por carta, de 208 pais e mães de família. Com essa atitude, considerando os empregos indiretos e as famílias, a empresa joga na rua da amargura mais de 2.000 pessoas.

Além disso, o impacto negativo dessas demissões sobre o comércio e o setor de serviços da cidade é incalculável. O fechamento da fábrica atinge diretamente os produtores rurais, que terão dificuldade para entregar suas frutas. Isso tudo agrava sobremaneira os problemas sociais em nossa cidade.

Durante mais de uma década a Citrosuco, maior indústria de suco de laranja do mundo, obteve altos lucros, inclusive na última safra, e nenhum dado concreto aponta para prejuízos no próximo período. Mesmo assim, a Citrosuco usa a mesma receita que tem usado outras grandes empresas e bancos: cortar gastos em cima dos trabalhadores com demissões.

Não há motivo para fechamento e demissões, a não ser a sede de grandes lucros e um total descaso com a sociedade, em especial com a cidade de Bebedouro e sua população, que terá que amargar os sofrimentos dessa decisão insensata e anti-social.

A população de Bebedouro precisa se mobilizar e cobrar das lideranças locais providências. A direção da Citrosuco deve ser procurada e chamada à sua verdadeira responsabilidade social: garantir empregos. É para isso, também, que elegemos nossos representantes!



Quem demite joga contra a sociedade e a favor da crise!

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Brasil, um país democrático?

Vivemos em um país democrático.
Pergunto quantas vezes, ultimamente, o leitor ouviu ou leu a afirmação acima. Ela vem sendo dita e repetida à exaustão, por políticos, mídia, e pelo brasileiro médio, especialmente em época de eleições.
Porém, também vem sendo utilizada para explicar diversas situações ou direitos das pessoas e cidadãos. Volto a escrever a frase, mas agora em forma de indagação: Vivemos em um país democrático?
Acredito que todos estejam usando o termo de forma equivocada, especialmente no caso do nosso país. As pessoas, propositalmente em alguns casos, confundem democracia com direito a voto e liberdade de expressão. O que temos no Brasil é, sem dúvida, uma democracia eleitoral, e não a Democracia Plena a qual se referem a grande mídia e os políticos, especialmente os eleitos.
Para entendermos melhor, vamos analisar o conceito do termo. Antigamente, na Grécia, democracia era a palavra que designava a igualdade entre os cidadãos. Porém, devemos lembrar que eram considerados cidadãos apenas os homens, acima de 18 anos, nascidos em território grego. Os diversos estrangeiros, escravos e mulheres que ali habitavam nem sequer eram considerados cidadãos. Hoje em dia, democracia também deve ser usada com o mesmo sentido, o de igualdade de condições de vida, de oportunidades, de direitos.Direito de igualdade este, inclusive, descrito na Constituição Federal de 1988.
Analisando então, o conceito contemporâneo de Democracia, com a situação atual do Brasil, podemos afirmar que hoje não há democracia. A não ser que seja usado o significado da Grécia Antiga, onde poucos desfrutavam desta condição democrática.
Sendo assim, só posso acreditar que as pessoas estão confundindo, ou sendo confundidos, levados a crer, que possuir o direito de votar é o mesmo que viver em democracia plena. Definitivamente não é! Devemos perceber que, o voto não garante democracia, como somos incentivados a acreditar pelas palavras dos políticos poderosos e dos grandes jornais e telejornais.
Um exemplo disto é a condição em que vive o povo brasileiro, onde a grande maioria é excluída da igualdade em receber uma boa educação, saúde de qualidade, moradia, direito de ir e vir (sim caro leitor, muito não possuem condições de pagar os democráticos pedágios nas rodovias), entre muitos outros casos.
O Brasil, infelizmente, ainda vem sendo governado pelos velhos oligarcas, que pretensamente foram tirados do poder pelo golpista e ditador Getúlio Vargas. Para comprovar esta constatação, analise o recém eleito Presidente do Senado, José Sarney. Este personagem está na política brasileira há décadas, foi inclusive presidente da República na transição da ditadura para a “democracia”, comanda redes de mídias no Maranhão, e usa de sua influência para manipular e coagir pessoas a votar em sua pessoa, sua filha e aliados. Nada diferente do que ocorria na chamada República Velha, do voto de cabresto. Façamos uma pesquisa no currículo de nossos parlamentares, e chegaremos à conclusão de que muitos não passam de velhos coronéis, que se adaptaram a um novo tempo, mas ainda utilizam de subterfúgios ilegais para angariar votos, graças a situação social precária de nosso país.
O próprio Estado Unidos, tido pela maioria (mais uma opinião induzida) como o modelo de democracia, não passa de uma farsa, já que o processo eleitoral é menos confiável que o brasileiro, onde os governos apoiaram e sustentaram golpes ditatoriais pelo mundo, inclusive no Brasil, e faz uso do terror e poderio bélico para obter dominação.
Por isso, finalizo, afirmando que, a não ser que usemos o conceito de democracia grego, em que a democracia era na verdade uma forma que excluía ao invés de incluir, o Brasil não é um país democrático. E podemos ir mais longe, não há democracia no mundo!

domingo, 25 de janeiro de 2009

Empossado, dono de uma economia em recessão, apático quanto ao genocídio na Faixa de Gaza e o constante sentimento anti-americano, é a tônica do próxi

Leonardo Vannucci

Na ultima semana tomou posse o presidente Barack Obama, muito se especula sobre como a maior maquina de guerra (e não mais a maior economia unânime, pois a China acende em uma marcha acelerada) do mundo irá gerenciar questões que até 20 anos, eram inconcebíveis e todos os cientistas políticos davam por certo a infindável manutenção da hegemonia estadunidense; todavia tabus estão ai para serem quebrados não é bem verdade?
Por trás do mito Barack Obama, evidencia-se um emaranhado de expectativas quanto sua ascensão vem, em meio a uma convulsão econômica para o modelo capitalista em franca expansão sem qualquer precedente. Mas como esta figura está dentro do ideário de cada cidadão (imigrante ou não, legal ou ilegal) que habita os Estados Unidos, o discurso deixou que ali está um homem auspicioso, astuto e obviamente interessado apenas em questões remetentes aos interesses locais e não a realidade abrolhada pelo braço armado no Oriente Médio denominado Israel ( povo que em pouco mais de meio século passou de oprimido de Auschiwitz-Bikernau a opressor em Gaza) e tantas outras mais que fazem parte do triste cotidiano dos séculos XX e XXI.
Em meio a toda essa conjuntura e como Obama está no ideário de cada um; pelo seu carisma e aceitação como um messias, assemelha-se a John Kennedy que emergiu em um momento crucial da política bipolar da segunda metade do século passado, a figura emblemática e a constante mídia nacional e mundial, remontando este aos moldes do quase ator Ronald Reagan e a aceitação dos negros e latinos à Martin Luther King. Enfim, o mais aguardado é sua orientação quanto às políticas mundiais, o gerenciamento dos conflitos no Iraque e Afeganistão, as crescentes tensões ocorridas pelos constantes abusos e por fim qual a sua posição quanto aos estados da América do Sul e sobretudo as nações que seguem na contramão da (desculpem o neologismo) neo-nova ordem mundial afrontando o atenuado porem, não menos arrogante Estados Unidos; a coleção de inimigos associada a falência de múltiplas empresas “estáveis” levam-nos a finalmente colocar em xeque The American Way of Life.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

A Torre de Babel. Seu legado na política municipal pode suscitar danos sem precedentes.

Leonardo Vannucci

Datada de uma época cuja misturam-se devoção, mitologia e um vasto ideário em comum aos seus contemporâneos, a Torre de Babel exemplifica de maneira didática a união de esforços entre os homens na busca congênita pelo firmamento de seus propósitos quanto a capacidade cognitiva, intelectual e veneração a Deus; o objetivo da edificação de tal marco era a aproximação dos homens e seu desejo perene de elevar-se aos mesmos padrões que a divindade suprema.
Todavia,diante de tal afronta, Deus provido de toda sua ira (em determinados momentos esse Deus que mais alvitre remonta-se a um déspota inescrupuloso que mantém o povo sob um jugo sem perspectivas) esparziu sobre os homens um castigo, cuja este era o não mais falarem singularmente o mesmo idioma, passando estes (homens) a viver em uma pluralidade idiomática, desapropriando em todos os aspectos qualquer perspectiva de encerramento da obra. Este trecho acima citado faz-nos de modo sucinto entender um pouco das cizânias e parábolas em decifrar as varias línguas proverbialmente alocadas na Câmara Municipal de Bebedouro; entoados em um mesmo discurso político eleitoreiro, os representantes populares endossaram a situação quanto ao indelével apoio ao executivo e em prol da combalida autarquia denominada SAAEB.
O que ali foi notado é o despreparo de alguns componentes, que devido ao seu adstrito conhecimento político ficaram aquém, via de fato, da fidedigna cátedra de exercerem seus prestigiosos e extremamente bem remunerados cargos. Em meio a isso podemos ainda ressaltar discursos pouco ilustrativos e até mesmo quixotescos (para não dizerem esdrúxulos); não que belas palavras, execução perfeita de uma eloqüência textual e deliberados em demagogia sejam assim cogentes credenciais à execução dos trabalhos solicitados, mas não faria mal algum uma pequena concordância dos pensamentos para que tão logo fosse possível entender os seus objetivos.
O que realmente esperar, ainda é precoce e imprudente dizer, mas sem qualquer tipo de hesitação, uma melhor articulação é primordial; a velocidade com a qual os projetos foram aprovados foi algo alarmante e se isto serve como termômetro, devemos, pois ficar de sobreaviso quanto a real acuidade dos mesmos e como estão sendo geridos. O objetivo destas linhas não é uma obstinação incondizente quanto aos termos estabelecidos para o não salvamento da autarquia, esse texto busca a legitimação dos interessados em factivelmente saber sem solapar qualquer termo se essas medidas são paliativas, ou categóricas, para que ao longo dos anos um aforismo não se faça existir em sua plenitude “Remendar perna quebrada com esparadrapo”; obviamente que como bebedourense convicto e enaltecedor dos predicados do município digo bradando a todos que nos empenhemos em levantar esta bandeira em real beneficio de nossa tão carente cidade que sofre com perjúrio de anos imersos em administrações falhas levando assim a essas desconfortantes conjunturas que somente imbuídos de força teremos capacidade para denotar, postular e sobrepujar.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

“Hesitação quanto um governo no arquétipo populista e personalista”

Por Leonardo Vannucci

Ao longo dos períodos históricos, sempre foi possível notar a presença quase que magnânima de figuras que representaram o caráter personalista propriamente dito do contexto ao qual foram insurretos, legando seus feitos em uma simbiótica de mito e realidade permutáveis no ideário daqueles que presenciaram sua existência bem como não tão diligente oposição acerca dos feitos e herança depositada no relicário da memória (ainda que breve) dos contemporâneos.
Tratemos, pois, nestas linhas questões que povoam nossos ideais, consomem nosso mais profundo cerne político e social e muitas vezes nos fazendo plausíveis a tornarmo-nos completos reféns de uma hesitação pecaminosa cuja mesma pode cobrar um exacerbado valor à essa prerrogativa; tratemos assim sem mais embaraços do mesmo. Como é de prudente sapiência, faz-se imperativo abordarmos a historia em macro e micro, tão logo (quem sabe os precedentes) que isso possa infligir àqueles que são capazes de discutir política, seja ela em uma despretensiosa mesa de botequim regado ao malte que muitas vezes acalora e torna líder homens simples, ou em espaços como em Roma destinados à tal, com todo o seu protocolo e demais exigências. Bebedouro ao longo de sua história política sempre foi palco de espetáculos políticos de questionável relevância, afinal por cerca de 30 anos os nomes à frente do nosso executivo sempre alternavam-se no mais primoroso estilo coronelista afinal esta é uma das inúmeras deixas de uma cultura pífia e que perdurou por séculos, é relevante que tal facto sedimenta-se nacionalmente com o período Vargas e mais recentemente com Lula, ambos destacam-se pela sua popularidade, o carisma e situações muito peculiares dos mais elevados aos mais simples nichos. Após anos de marasmo político finalmente Bebedouro é o local do sem sombra de duvida mais “interessante” processo eleitoral, onde o pleito fora vencido de maneira inusitada; um candidato vence porém outro assume (é questão de uma releitura da era Vargas, onde Luis Carlos Preste é eleito mas Vargas é quem assume) através da via institucional do voto direto (no melhor estilo Lula) onde alguém com pouca experiência em administração política(porém paramentado de assessores que ali devem estar como suporte, apenas relembrando alguns nomes José Dirceu, José Genoíno,Valério e por ai vai) assume levando finalmente ao poder as camadas populares que depositaram sua confiança,porem, há de ressaltado que nem sempre homens com mais gabarito intelectual possam ser formidáveis executores dos poderes políticos, contando muitas vezes com o ímpeto do despotismo.
Bebedouro, o que realmente esperar deste governo amórfico que está amparado em uma câmara que propõe a coalizão entre seus membros, sendo que uma questão simples como a oposição tal qual tem o propósito de ser uma sentinela vigiar e fiscalizar sequer existe formalmente, já que a palavra de ordem é “coalizão” ; podem aqueles que ao ler esta coluna tenham seu autor como um ressentido candidato não eleito, enganam-se aqui ficam registradas palavras de quem analisa de fora todo esse cerco, faça-mos assim, enquanto um estiver a vigiar mesmo que solitário ai há de estar a garantia de uma não aceitação sumária de uma “mesmice travestida sob uma bandeira tendo em seu centro o povo como objeto de manipulação e desdém”.